23 de março de 2011

Dica: salve seus e-mails, antes que seja tarde demais

Publicado em 23/03/2011
Depois do susto que separou mais de 150 mil usuários de suas caixas do Gmail, separamos alguns programas que podem evitar essa dor de cabeça.
Sabemos que é trabalhoso fazer backup até dos arquivos na área de trabalho, de mensagens no celular ou de arquivos baixados no seu tablet. O que dizer então sobre a rotina de cópia de segurança de contas do tipo webmail?
É chato? Sim, é. Mas não é paranóia, não. Há poucos dias, 150 mil contas do Gmail tiveram seu conteúdo apagado e deixaram milhares de usuários literalmente doidos. Podem ter sido apenas 0,02% do total de contas, então dá para dizer que “saiu barato”. Por sorte, a Google mantém várias cópias das mensagens em vários data centers diferentes e, além disso, também armazena cópias em fita – o que possibilitou a recuperação das mensagens.
Dessa vez, o dano pode ter sido moderado e houve recuperação, mas a ocorrência serve de alarme para todos aqueles que confiam seus dados aos webmails. Se existe uma hora de fazer o backup de suas mensagens, é agora.

Gmail

Não é por que o Gmail oferece espaço praticamente ilimitado, que o usuário deve armazenar  todas as mensagens lá. Para sorte geral existe uma ferramenta gratuita para realizar o backup de suas mensagens: é o Gmail Backup para sistemas Windows e Linux.

Para usar esse recurso, siga os seguintes passos:

1. Faça o download do Gmail Backup, um processo rápido e indolor, o aplicativo deixa atalhos na área de trabalho e no menu iniciar.
2. Execute o programa e insira seus dados da conta – sim, login e senha – e definir o diretório em que quer que sejam armazenadas as mensagens. Existe um diretório predefinido, mas você não é obrigado a usá-lo.
3. Agora, basta selecionar quais mensagens deseja salvar. Pode optar pelas mais recentes, ou definir as datas de início e de término. É óbvio que, se desejar, também pode salvar tudo (recomendado).
4. O processo de backup pode levar um tempo considerável, dependendo do volume de mensagens que há na conta. Melhor deixar o programa rodar em segundo plano e continuar trabalhando, jogando ou paquerando. Para os curiosos de como funciona o processo, o Gmail Backup exibe uma interface em que exibe todas as mensagens que são salvas em seu disco rígido local. Quando for realizar uma nova cópia de segurança, o Gmail oferece a opção de ignorar a cópia de mensagens que foram baixadas em sessões anteriores, mas só se o diretório escolhido for o mesmo da vez anterior.
5. Caso ocorra um eventual desastre como o último, as mensagens armazenadas em seu diretório local podem ser restauradas usando o Gmail Backup. Basta informar os dados da conta a ser restaurada, apontar o diretório que contém as mensagens e deixar a internet tomar seu curso. Você pode optar por armazenar mensagens de uma conta em outra, contanto que tenha as senhas.
Em uma experiência com o Gmail Update, vimos que é realmente simples como foi explicado. Restauramos mensagens de uma conta em outra e o conteúdo foi transferido incluindo os selos que o usuário pode definir para dada tipo de mensagem (incluindo caixa de entrada e itens enviados). Atenção, se você definiu categorias de mensagens usando símbolos especiais, tais como asteriscos e barras invertidas, saiba que o Gmail Backup não dá conta de interpretar esses nomes. Mas, fora esse incômodo, é bom; muito melhor que perder tudo de uma hora para outra.

Hotmail

Infelizmente, não há uma versão do Gmail Backup para usuários de contas que não pertençam ao Google. Mas isso não quer dizer que o usuário tenha de sair de uma plataforma e migrar forçosamente para o Gmail. Quem está acostumado a usar o Hotmail tem à disposição o MailStore Home, aplicativo desenvolvido apenas para sistemas Windows. O programa realiza a mesma função do Gmail Backup, mas permite restaurar inclusive mensagens armazenadas em clientes de email desktop.

Vamos ao passo-a-passo:

1. Faça o download o MailStore Home, instale e execute o programa para arquivar os e-mails.
2. Ao definir o tipo de conta, escolha a opção POP3 Mailbox, insira seus dados, configure o campo “host” com “pop3.live.com” e insira sua senha. Na opção de “Access via”, escolha a opção POP 3-SSL e clique em “next”.
3. Na tela seguinte, o usuário é convidado a decidir se deseja deletar as mensagens depois de baixadas ou se prefere mantê-las no servidor. Por padrão, as mensagens são mantidas no servidor remoto e aconselhamos deixar assim. Pode iniciar o backup.
Sim, tem razão, as configurações do MailStore requerem um pouco mais de empenho por parte do usuário comparado ao Gmail Backup, mas isso não faz da solução para Hotmail algo terrível de usar. Todos os arquivos baixados podem – e devem – ser transferidos para uma mídia removível. Fique à vontade para escolher entre um flash drive (pendrive) um DVD ou um disco rígido externo.
Vale ressaltar que a velocidade do MailStore é razoavelmente superior à do Gmail Backup.


Arqueólogo diz ter achado Atlântida

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A famosa cidade perdida de Atlântida pode ter sido, mais uma vez, encontrada.
Uma equipe de arqueólogos liderada por um pesquisador americano diz ter achado fortes evidências que comprovam a localização da cidade na Espanha, ao norte de Cádiz. Segundo eles, Atlântida teria sido destruída por um tsunami e seus sobreviventes fundaram outras cidades espanholas.
As revelações foram feitas em um documentário especial transmitido este final de semana nos Estados Unidos pelo canal National Geographic. Para o professor Richard Freund, da Universidade de Hartford, o que dá mais credibilidade à descoberta não é somente a evidência física de uma cidade submersa, mas a constatação de que outras cidades teriam sido construídas pelos sobreviventes de Atlântida, prestando uma homenagem à sua terra desaparecida.
Tudo isso é, por enquanto, ainda uma especulação – como tantas outras que, de vez em quando, surgem sobre a cidade. O filósofo grego Platão foi o primeiro a descrever Atlântida em 360 AC. A ilha seria uma grande potência que, do dia para a noite, simplesmente sumiu.
Nesses dois mil anos de especulações, muitos acreditaram que a história era apenas um mito criado pelo filósofo; já outros crêem que a cidade foi sim real. Para uns, Platão estava descrevendo a civilização cretense e sua ilha vizinha, Santorini, que foi devastada por uma erupção vulcânica por volta de 1600 AC. No entanto, não há nenhum prova de que a ilha seja a mesma descrita pro Platão – e nem sequer há provas de que Platão estivesse realmente descrevendo um local real.
Ainda assim, dezenas de equipes de arqueólogos já apontaram sítios que se encaixam na suposta localização da cidade. A mais nova empreitada, da equipe do professor Freund, usou as descobertas feitas em 2004 pelo alemão Rainer Kuhne. Ele identificou estruturas estranhas em imagens tiradas por satélites nos pântanos do rio Guadalquivir, nordeste de Cádiz. As sombras geométricas pareciam lembrar uma cidade anelar.
O time de Freund utilizou então fotos de satélites, radares e mapeamento digital para localizar outros objetos no chamado Parque Dona Ana – a mais de 96 Km da costa. Mesmo se provado que se tratava de uma antiga cidade, as ruínas não provam que esta cidade seria Atlântida. Daí a importância de objetos e construções descobertas na região e em outras antigas cidades espanholas que teriam sido feitas pelos refugiados da cidade, sobreviventes do tsunami. Essas outras construções prestariam uma homenagem à Atlântida.
As descobertas já foram criticadas por outros grupos de arqueólogos que curiosamente, também buscam encontrar a cidade perdida de Platão. Talvez, o que todos eles acabem por descobrir, é que a beleza de Atlântida pode estar justamente no fato de a cidade ser, para sempre, um grande mistério.