29 de junho de 2011

Especialista brasileiro prevê fim do Orkut

 
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Sete tem cada dez brasileiros conectados à internet acessaram o Orkut em abril, segundo dados da empresa de métricas ComScore.
São mais de 50 milhões de pessoas, que visitam perfis e compartilham confidências, fotos e vídeos – também bisbilhotam a vida alheia, é claro. A situação deveria deixar o Orkut em posição confortável. Essa não é, contudo, a opinião de Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) e um dos responsáveis pela criação do Porto Digital, polo tecnológico da capital pernambucana.
Além do rápido avanço do Facebook no Brasil, Meira prediz a morte do Orkut a partir da observação das próprias falhas do site mantido pelo Google. "Ele está morto do ponto de vista da inovação e do negócio", diz. Por isso, na visão do especialista, a rede pode seguir os mesmos passos funestos do MySpace, que fez sucesso em meados da década passada, mas perdeu o caminho da inovação e, consequentemente, o contato com seus usuários. Acabou atropelado pelo Facebook, um campeão em inovação, que, segundo Meira, está se tornando uma espécie de internet dentro da internet: "A ideia da rede de Zuckerberg é permitir que o usuário faça todas as suas atividades na web a partir do Facebook, o que já é possível". Leia a seguir a entrevista com o especialista.

O Orkut conseguirá frear o crescimento do Facebook no Brasil?

O Orkut ainda ganha novos adeptos no país, mas, nos últimos meses, seu crescimento tem sido vezes inferior ao registrado pelo Facebook. Há explicação para isso. Hoje, há uma ascensão social de pessoas que até bem pouco tempo não tinham acesso a computador, redes sociais e jornais. Para esse grupo, o Orkut é uma porta de entrada para a internet. Contudo, ele está morto do ponto de vista da inovação e do negócio. Ele nunca recebeu atenção estratégica do Google e sequer conta com um plano de negócio, que preveja como vai evoluir. O cenário permite antever a hegemonia do Facebook no Brasil.

O Orkut pode ter o mesmo destino do MySpace?

A dinâmica de redes sociais é muito delicada. Após adquirir o MySpace, a News Corp. tentou transformar o site em um canal do grupo de mídia. Seus gestores imaginaram que, mantendo interface e recursos imutáveis, manteriam a audiência. Estavam errados. A situação do Orkut é parecida. Falta à rede do Google uma proposta coerente para chegar a algum lugar. Ele sempre foi um site secundário para o Google.

É possível dizer, então, que Facebook e Google têm diferentes propostas?

O Facebook possui um conjunto de estratégias bem articuladas para conectar pessoas e marcas. Eles pensam 24 horas por dias nisso. O Google tem outras atenções. Ele já não é mais uma empresa jovem (o gigante de buscas completa 13 anos em 2011) e quer proteger o seu legado: organizar a informação. Mais: nos últimos meses, a empresa de Mark Zuckerberg começou a mostrar interesse no terreno de organização, ao fechar uma parceria com o Bing, buscador da Microsoft - e sócio minoritário da rede social. Na prática, ao fazer pesquisas no Bing, o usuário cadastrado no Facebook visualiza links compartilhados por seus amigos.

Mas o maior rival do Facebook não é o Google?

Por ora, não. No Ocidente, o Facebook monopoliza as redes sociais. Não há nenhuma plataforma com mais de 700 milhões de usuários cadastrados. O Google pode até querer frear o avanço da empresa de Mark Zuckerberg, mas seu espaço de competição é com Apple e Microsoft. Recentemente, dois dos projetos mais ambiciosos da empresa envolviam navegadores, sistemas operacionais em notebooks e dispositivos móveis.

O usuário do Facebook pode encontrar quase tudo ali: amigos, empresas, serviços. Não parece que a rede busca ser uma espécie de internet dentro da internet?

Sim. A América On-line e a própria Microsoft (com a rede Networks, hoje transformada em MSN) usaram este artifício no passado, mas fracassaram. A ideia da rede de Zuckerberg é permitir que o usuário faça todas as suas atividades na web a partir do Facebook, o que já é possível: consigo comprar passagens aéreas, roupas, acessar notícias, conversar com meus amigos, me divertir com jogos, acompanhar vídeos diretamente - tudo a partir de um único site. E o melhor: todo o conteúdo consumido é compartilhado com meus amigos. Hoje, acredito que o site seja uma máquina universal de criação e compartilhamento de conhecimento e informações entre pessoas e empresas.

O que podemos esperar para o futuro em matéria de redes sociais?

Não podemos virar refém de plataformas. Particularmente, sobre o domínio do Facebook, tenho até uma sugestão: se eu fosse Mark Zuckerberg, promoveria a competição no setor, auxiliando a criação e o crescimento de uma nova. A Microsoft fez isso de forma inteligente com a Apple no passado. Isso evitaria o monopólio.

Beautiful People bloqueia 30 mil feios
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A rede social Beautiful People, que aceita o cadastro apenas de pessoas bonitas, barrou o acesso de 30 mil usuários.
De acordo com um comunicado publicado pela empresa, o sistema do site foi vítima de um vírus chamado Shrek, que burlou o sistema de votações do serviço.
“Nós suspeitamos quando dezenas de milhares de novos membros foram aceitos durante um período de seis semanas, muitos dos quais não eram exatamente uma pintura”, afirmou o presidente da empresa, Greg Hodge.
De acordo com o comunicado, o vírus afetou apenas o sistema de votação e não colocou em risco as informações pessoais dos usuários. O executivo também lamentou pelas “pobres pessoas” que foram aceitas temporariamente e acreditaram ser bonitas. 11.924 dos 30 mil bloqueados eram americanos. Os brasileiros seriam 2.911.
Para ser aprovado no Beautiful People, o candidato precisa postar fotos suas e se submeter à votação de outros usuários. Em média, 45% dos brasileiros que se candidatam são aceitos no serviço.

Adquirida pela MS, Skype demite executivos
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O Skype demitiu alguns de seus principais executivos, informa a agência de notícias Bloomberg, creditando a informação a pessoas próximas à empresa.
De acordo com as fontes, quatro vice-presidentes, David Gurle, Christopher Dean, Russ Shaw e Don Albert, foram demitidos pela empresa sediada em Luxemburgo, a exemplo de Doug Bewsher, principal executivo de marketing (CMO); a líder de recursos humanos, Anne Gillespie; além de Allyson Campa e Ramu Sunkara, executivos incorporados a partir da compra da empresa Qik.
clip_image004O objetivo seria reduzir gastos. Segundo a Bloomberg, as demissões podem afetar negativamente as ações da empresa.

Aquisição

A Microsoft anunciou em 10 de maio a compra da empresa de telefonia pela internet Skype por 8,5 bilhões de dólares, no maior acordo de aquisição já fechado pela gigante do software.
O Skype produz versões de seu serviço de telefonia para dispositivos como iPhone e iPad, da Apple; BlackBerry, da RIM; e aparelhos com o sistema operacional Android, do Google.
Ao revelar o acordo, a Microsoft disse na época que o Skype irá oferecer suporte a dispositivos como o Microsoft Xbox e Kinect, Windows Phone, bem como a dispositivos com Windows. A empresa pretende conectar usuários do Skype aos do Lync, Outlook, Xbox Live e outras comunidades.
Fundada em 2003, o Skype foi adquirido pelo eBay em setembro de 2005, e depois comprado por um grupo de investidores liderado pelo Silver Lake, em novembro de 2009.
A Comissão Federal do Comércio dos EUA já deu aval para o negócio.

Criado aparelho que emite cheiro na TV
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Cheiro de pizza que invade a sala não vem do entregador.
Imagine sentir cheiro de pipoca quentinha, café com baunilha ou até mesmo o perfume daquela beldade que aparece nos comerciais de televisão?
O desejo de inserir mais um sentido à experiência visual de televisores é antigo, mas está um passo mais próximo da realidade com o feito alcançado por pesquisadores americanos e coreanos: eles criaram um aparelho que libera odores correspondentes à imagem que você está vendo na TV ou no seu smartphone.
Em um trabalho recém-publicado na Angewandte Chemie, eles demonstraram que é possível gerar milhares de odores em um pequeno dispositivo que cabe na parte de trás da TV.
A ideia levou dois anos para ficar pronta; ela partiu do Samsung Advanced Institute of Technology (SAIT), instituto de pesquisa na Coréia , que procurou um grupo da Universidade da Califórnia, em San Diego, para conceber os meios práticos do dispositivo.

Perfume de mulher

Para fazer com que uma fragrância suave seja emitida quando uma bela mulher aparecer na TV, e também com que o cheiro de queijo invada a sala quando uma pizza estiver sendo fatiada na telinha, é preciso um sistema capaz de gerar instantaneamente diferentes odores que combinem com a imagem.
O problema é que seria preciso uma quantidade enorme de circuitos, milhares, para dar conta de todos eles. Para solucionar o problema, os pesquisadores usaram um sistema de matriz X-Y com apenas 200 controles (100 no eixo “X” multiplicados por 100 no eixo “Y”) que podem ativar seletivamente 10 mil odores diferentes.
O cheiro liberado vem de uma solução aquosa, como amônia, que é aquecida por um fio fino de metal no qual passa uma corrente elétrica e gera um gás. A solução fica em um compartimento de silicone atóxico e não inflamável. Quando o calor e a pressão do gás aumentam, um pequeno buraco no material elástico se abre, liberando o odor. A ideia é que o aparelho funcione com cartuchos, de forma similar a uma impressora: quando o cheiro começar a ficar fraco, você troca a carga.
Em testes feitos com dois perfumes comerciais (“Live by Jennifer Lopez” e “Passion by Elizabeth Taylor”), participantes conseguiram distinguir diferentes odores estando a 30 cm do aparelho. O próximo passo é criar um protótipo em escala maior.
Ainda existem também os problemas lógicos: por um lado, é fácil emitir odores mais genéricos (pipoca, flores, café), mas, por outro, se um anunciante quisesse emitir a fragrância exata de seu perfume, seria preciso colocar um cartucho específico para aquele produto no televisor.

Após ataques, grupo mobiliza internautas para passeatas

O grupo hacker LulzSecBrazil passou a promover em seu site mobilizações para passeatas no mundo real, após o anúncio de sua matriz internacional de que novos ataques não seriam feitos.
Na noite deste domingo (26), o site do grupo trazia um convite para uma série de mobilizações nas capitais de diversos Estados do país com o objetivo de protestar contra o "governo corrupto e pela liberdade de expressão".
O grupo de hackers LulzSec chamou a atenção mundial pela primeira vez há dois meses, com a invasão da rede online do PlayStation, da Sony, e com o vazamento dos dados de milhões de usuários. O serviço, de alcance global, passou dias fora do ar.
Na semana passada, o grupo assumiu um ataque ao site da CIA e do FBI.
O grupo ganhou um braço brasileiro, o LulzSecBrasil, que com base em uma nota do grupo internacional convocando internautas a lutarem contra a corrupção e o sigilo de informações, montaram uma operação batizada de #AntiSec.
No Brasil, os hackers promoveram ataques a páginas na internet ligadas ao governo brasileiro como o site da Presidência e do Senado. Eles também chegaram a divulgar informações pessoais de políticos e um banco de dados com informações de funcionários da Petrobras.
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