23 de janeiro de 2013

Tablets na CES 2013: todas as formas, tamanhos e sistemas operacionais

Fabricantes aprimoram o hardware e apostam em nichos para se diferenciar em um mercado cada vez mais disputado
É oficial: estamos na era dos tablets, e parece que 2013 será um grande ano para eles. Tablets apareceram de todas as formas durante a CES e estavam em praticamente qualquer lugar para onde você olhasse. E curiosamente, os modelos mais inovadores e dignos de nota estavam rodando o Windows 8, e não o Android.
Tablets também foram o foco de discussões entre os fabricantes de componentes. Cada anúncio de um novo chip envolvia uma disputa por posições no mercado, e mesmo os fabricantes de memória celebravam o fato de que os tablets estão aumentando a demanda por memória flash.
De certa forma, a feira foi marcada tanto pela ausência de grandes lançamentos quanto pelo que foi mostrado por empresas como a Archos, Coby, Efun, Fuhu, Panasonic, Polaroid, Razer, Vivitar e Vizio. Ouvimos muito sobre novos processadores para dispositivos móveis, mas produtos equipados com eles ainda não estavam prontos. Esta desconexão explica porque os produtos mais intrigantes anunciados usam processadores já existentes, como o Nvidia Tegra 3 ou o Snapdragon S4 da Qualcomm, e focam em designs inovadores, como o Transformer All-In-One da ASUS e o protótipo com tela de 20 polegadas da Panasonic.

A ascensão dos tablets com Windows 8

Uma das surpresas foi ver quantos tablets interessantes usam o Windows 8. E nenhum deles usa o Windows RT em um processador ARM: em vez disso, todos eram baseados em processadores x86, seja um Intel Atom ou Core, ou o AMD Z60 (no caso do tablet Windows 8 da Vizio). Até o Surface Pro, da Microsoft, fez uma aparição perante a imprensa, e seu lançamento no final deste mês deve aumentar o interesse em tablets com Windows.
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Microsoft Surface Pro: teclado opcional e caneta, com chip Intel e Windows 8 
Entretanto, esta nova onda de tablets com Windows não está mais fina ou mais leve que os antecessores. O MT11x, da Vizio, parece ser uma exceção, embora a fabricante não tenha oferecido detalhes quanto ao peso e dimensões.

 

 

 

 

Tablets especializados amadurecem

Durante a CES 2013 vimos toneladas de tablets voltados a audiências específicas. E conversando com os fabricantes, incluindo gerentes de produto da Archos e da Panasonic, ficou claro que estes tablets “de nicho” são uma subcategoria em crescimento.
A Panasonic, por exemplo, expandiu sua linha Toughpad de tablets resistentes. Voltados para empresas e com preços a partir de US$ 1.299, eles são resistentes a água, poeira e impactos e estão preparados para funcionar sob as mais hostis condições climáticas.
Tablets para gamers também estão crescendo. A Razer mostrou seu modelo com Windows 8, chamado Edge, e a Archos levou o GamePad, um pequeno tablet Android com um gamepad integrado. O WikiPad estava ausente na feira, embora teoricamente ainda em desenvolvimento.
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Nabi XD: Android para crianças
Tablets para crianças também tiveram um destaque. A Fuhu mostrou o Nabi XD e o Nabi Jr, dois tablets Android que tem interfaces, design e apps voltados a um público mais jovem. A Polaroid tinha um tablet para crianças à mostra, com botões grandes e emborrachados e um corpo mais resistente que o usual. E a Vivitar mostrou um tablet com tela de 7” muito parecido com o Nexus 7, produzido em parceria com a Fundação OLPC. Chamado XO Tablet, ele é uma melhoria drástica em relação ao “tablet” que a OLPC mostrou no ano passado, e visa oferecer experiências educacionais focadas através de software especializado disponível em inglês e espanhol.

O que esperar dos tablets em 2013

Depois de vasculhar o pavilhão de exposições, visitando desde os grandes fabricantes até as empresas na Ásia que produzem tablets vendidos sob outras marcas, as tendências para este ano ficam rapidamente óbvias.
Para começo de conversa, o Android “Jelly Bean” vai se tornar comum entre os tablets com o sistema da Google: praticamente todos eles rodavam a versão 4.1.1. Esta é uma versão que ainda não reflete as mudanças na interface introduzidas na versão 4.2: os botões de navegação continuam alinhados à esquerda no rodapé da tela, com a barra de notificação e o relógio alinhados à direita.
Já quanto às “entranhas” dos tablets, ainda vimos modelos com processadores ARM single-core aqui na CES, oferecidos por fabricantes asiáticos nos fundos dos pavilhões. Estes modelos geralmente tem telas de baixa resolução, não tem acesso ao Google Play e no geral mancham a reputação da categoria.
Mas os compradores estão ficando conscientes dos sacrifícios envolvidos nesses tablets baratinhos, e os vários fabricantes com quem conversei na feira estão cada vez mais conscientes da necessidade de dar um passo além da concorrência para poder competir. Com isso, muitos dos tablets que chegarão ao mercado em breve terão designs mais finos, leves e com telas de resolução mais alta.
Também tenho ouvido que a certificação junto ao Google é, na prática, um requisito para que os fabricantes possam vender seus aparelhos nos Estados Unidos, algo que acabará se refletindo também nos modelos vendidos em outras partes do mundo. Tablets sem a loja Google Play e serviços como Maps e GMail integrados simplesmente não são competitivos, e portanto não são algo que as lojas querem oferecer. Todos os novos tablets da Coby, por exemplo, são certificados (os modelos com tela de 7” mostrados na CES já tinham a certificação, em outros ela estava “pendente”), bem como os modelos da Archos e Efun.
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Archos GamePad: controles para games integrados
Algo similar acontece com o avanço nas especificações técnicas. Modelos dual-core e até mesmo quad-core serão comuns, com 1GB de memória RAM, em vez dos 512 MB atuais, mesmo nos mais baratos. E espere ver mais telas de 7 polegadas com resolução de 1280 x 800 pixels (HD): até mesmo a Polaroid planeja um modelo de US$ 99 com uma tela nesta resolução.
Ainda assim, os preços das telas parecem se manter altos o suficiente para que os modelos com telas de 10 polegadas também se mantenham nessa resolução, embora a Archos e a Vizio ousem desafiar a tendência. A Archos tem uma belíssima tela IPS de 9.7 polegadas e resolução de 2048 x 1536 pixels (a mesma do iPad) no seu tablet 97 Platinum, e a Vizio mostrou um tablet com tela de 10.1 polegadas e resolução de 2560 x 1600 pixels, a mesma do Nexus 10 da Google. Mas embora processadores e telas estejam avançando, os fabricantes continuam mesquinhos quanto à memória interna: você verá muitos modelos de baixo custo com 8 GB, e 16 GB nos modelos “mainstream”
Não ouvimos muita coisa sobre a adoção de sistemas de recarga sem fios em tablets. E a discussão sobre NFC foi mínima, embora a Fuhu esteja incluindo a tecnologia em seu tablet infantil Nabi XD. Esperamos ver mais tablets com suporte a MHL, uma interface para conexão a TVs de alta-definição que aos poucos vem ganhando espaço, embora a adoção seja mais rápida fora dos estados unidos.

A guerra dos processadores móveis

A CES 2013 também foi palco do lançamento de várias plataformas nas quais serão baseados tablets que não foram apresentados na feira, mas que surgirão nos próximos meses. Os dispositivos móveis, especialmente os tablets, estão marchando rumo a uma guerra de especificações técnicas, com os fabricantes se enfrentando em busca de participação no mercado ou pelo direito de se gabar em ter o processador com o menor consumo de energia e maior autonomia de bateria.
A Nvidia lançou seu processador Tegra 4 durante a feira, mas não anunciou nenhum produto que irá usá-lo, com a exceção de seu próprio console portátil, de codinome Project Shield. O Tegra 4 ainda é um processador quad-core, mas agora é baseado na arquitetura ARM Cortex-A15 e equipado com 72 “núcleos gráficos” baseados na tecnologia das GPUs GeForce. Com isso ele é mais rápido em tarefas do dia-a-dia (como o carregamento de páginas web) e segundo a fabricante consome 45% menos energia que o Tegra 3, seu antecessor. Mas ainda teremos que esperar por detalhes como números de autonomia de bateria e velocidade de clock.
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Nvidia Tegra 4: consumo de energia até 45% menor que o antecessor
Há rumores de que durante o Mobile World Congress, que acontece em Fevereiro em Barcelona, veremos novidades sobre tablets com o Tegra 4. Só um deles apareceu durante a CES - um modelo com tela de 10.1 polegadas e alta-resolução produzido pela Vizio - e ainda era um protótipo, sem um design finalizado, quanto mais preço ou data de lançamento.
Já a Qualcomm anunciou os sucessores da família Snapdragon S4, os processadores Snapdragon 600 e Snapdragon 800, que devem aparecer em produtos no final deste ano. A Samsung apresentou o Exynos 5 Octa, um processador com oito núcleos (4 de alto desempenho, 4 de baixo consumo) que deve aparecer em tablets neste ano e, segundo executivos da empresa, pode consumir até 70% menos energia do que os Exynos atuais. E entre os processadores x86 a Intel anunciou a linha “Clover Trail Plus” e a AMD falou sobre o Temash, sucessor do Z60 “Hondo” que foi lançado em 2012.
E isso é só o começo. Se preparem, porque à medida em que mais tablets forem lançados durante o ano, a guerra dos chips vai esquentar.





























20 de janeiro de 2013

CES 2013: Kit permitirá montar seu próprio PC “All In One”

 

Gigabyte e Intel tentam provar que o espírito “faça você mesmo” não está morto entre os PCs.
O espírito “faça você mesmo” não está morto, e a Gigabyte quer deixar esta mensagem bem clara. A fabricante taiwanesa entrega anualmente às lojas milhões de placas-mãe, que são usadas por entusiastas para construir seus próprios PCs “turbinados”.
Mas tendências na indústria, como o PC “All In One” (AIO no jargão, máquinas integradas com todos os componentes atrás do monitor), fazem com que os tradicionais PCs em gabinetes “torre” pareçam obsoletos. Mesmo fabricantes de nicho, especializados na produção sob medida de PCs de alto-desempenho, estão se voltando aos modelos mais compactos.
Com isso a Gigabyte e a Intel estão se unindo para permitir que você monte seu próprio PC AIO. A Intel está desenvolvendo um padrão de componentes modulares para sistemas All In One, que inclui a especificação de uma placa-mãe de perfil muito reduzido e formato similar às mini-ITX, chamado Thin Mini-ITX. A Gogabyte está oferecendo duas placas-mãe baseadas neste padrão, incluindo uma usando o chipset Intel H77.
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A GA-B75TN, uma placa-mãe Thin Mini-ITX para PCs AIO
A Intel está levando este esforço bastante a sério, e oferece tutoriais e documentação para os interessados. Para minimizar a confusão entre os consumidores, as placas mãe Thin Mini-ITX baseadas no novo padrão incluirão um logotipo especial na caixa.
Uma placa-mãe precisa de um gabinete, portanto o padrão da Intel também inclui especificações para um chassis com monitor integrado no qual as novas placas poderão ser instaladas. O gabinete também incluirá hardware adequado para refrigeração. A Gigabyte mostrou um exemplo de gabinete AIO durante a CES 2013, em Las Vegas.
Atualmente existem poucas opções para personalizar a configuração. Há pouco ou nenhum espaço para uma GPU, por exemplo. Mas de qualquer forma as placas-mãe da Gigabyte só tem slots PCI Express x1, que não tem largura de banda necessária para suportar uma GPU sofisticada.
Um gabinete com monitor para uma placa-mãe Thin Mini-ITX

O padrão da Intel também inclui recursos únicos aos PCs AIO, incluindo suporte a fontes de alimentação externas e até mesmo conectores LVDS (Low-Voltage Differential Signal) para que painéis LCD possam ser facilmente conectados internamente.
As novas placas e gabinetes estarão disponíveis no final do primeiro trimestre de 2013. O preço não foi definido, mas estima-se que as placas custem, nos EUA, cerca de US$ 100, e que gabinetes com monitores de 22 polegadas integrados saiam por US$ 300 a US$ 400.

Mozilla coloca visualizador de PDF no beta do Firefox 19

Desenvolvedora do navegador descreveu o recurso como mais seguro do que a visualização dos documentos feita por meio de plugins
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Um componente de visualizador de PDF embutido e baseado em tecnologias JavaScript e HTML5 foi adicionado à versão beta do Firefox 19, afirmou a Mozilla.
O fabricante do navegador descreveu o visualizador embutido de PDF como mais seguro do que a visualização de PDF feita por meio de plugins, como aqueles instalados pelo Adobe Reader ou o Foxit Reader. No entanto, vários especialistas em segurança observaram que ele provavelmente também não estará livre de vulnerabilidades.
"Por muitos anos houve vários plugins para a visualização de PDFs no Firefox," disseram Bill Walker e Brendan Dahl, Gerente de Engenharia e Engenheiro de Software da Mozilla, respectivamente, em um post de blog na sexta-feira. "Muitos desses plugins vêm com código fonte proprietário fechado, o que poderia potencialmente expor os usuários a vulnerabilidades de segurança. Os plugins para visualização de PDF também vêm com código extra para fazer muitas coisas que o Firefox já faz bem sem código proprietário, como desenhar imagens”.
O visualizador embutido de PDF sendo testado atualmente provém de um projeto do Mozilla Labs chamado “PDF.js”. "O projeto PDF.js mostra claramente que o HTML5 e JavaScript são agora suficientemente poderosos para criar aplicativos que anteriormente só poderiam ter sido criados como aplicativos nativos", disseram os engenheiros de software da Mozilla. "Não só a maioria dos PDFs carrega e renderiza rapidamente, eles são executados de forma segura e tem uma interface que se adequa perfeitamente ao navegador."
Desde que o visualizador use APIs (interfaces de programação de aplicativos) padrão de HTML5, ele também pode ser executado em diferentes navegadores e plataformas, como tablets e telefones celulares. A demonstração ao vivo do visualizador rodando como um aplicativo da web está disponível no site do PDF.js.
"O visualizador PDF.js embutido no Firefox Beta é o primeiro passo para que isso se torne uma característica totalmente integrada à versão final do Firefox, fazendo com que seus benefícios possam ser usufruídos por todos os usuários do navegador", disseram os engenheiros de software da Mozilla.

CES 2013: Razer lança um surpreendente tablet com Windows 8 para gamers

Máquina tem processador Intel Core i5, GPU Nvidia e acessórios que a transformam em um substituto do desktop.
A Razer está estreando no mercado de tablets com o Edge, um tablet Windows 8 com tela de 10 polegadas projetado especificamente para os gamers. Já havíamos visto um protótipo do aparelho na CES 2012, quando ele ainda era conhecido como “Projeto Fiona”, e o produto final já está no mercado, antes mesmo de outros tablets Windows 8 com processadores Intel de 64-Bit como o Vizion MT11x e o Microsoft Surface Pro.
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Razer Edge
Dois modelos do Razer Edge estão disponíveis: o “Standard” e o “Pro”. Ambos tem versões de 64-Bit do Windows 8 e telas multitoque, além de um acelerômetro integrado e uma pintura preta “irada”. O modelo Standard custa US$ 999 e inclui um processador Intel Core i5, 4 GB de RAM, um SSD de 64 GB e uma GPU Nvidia GT640M LE. Já o modelo Pro custa a partir de US$ 1.300 e inclui a mesma GPU Nvidia GT640M LE, além de um processador Intel Core i7, 8 GB de RAM e um SSD de 128 ou 256 GB.
Ambos os modelos tem uma porta USB 3.0 e suporte à tecnologia Bluetooth 4.0, então você pode usar todos os periféricos de seu PC, incluindo joysticks, mouses e teclados. Também é possível comprar o Edge Pro em um pacote que inclui o Razer Edge Gamepad Controller, um controle proprietário com um visual um tanto estranho, que se parece com um par de PlayStation Move grudados a um case.
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Razer Edge com seu Gamepad
O controle é preso à traseira do Edge e tem um par de sticks analógicos, além de motores para vibração, emulando a experiência de jogar em um console. O gamepad é completamente programável, mas deve funcionar sem maiores problemas com qualquer jogo de PC que suporte um gamepad USB padrão.
O controle não é a única coisa que você pode conectar ao Edge. Uma dock com teclado e uma docking station também estão disponíveis, o que torna o Edge uma opção mais versátil do que alguns tablets concorrentes com o Windows 8. A Keyboard Dock dispensa explicação e inclui um teclado completo (não mecânico) com teclas iluminadas. Mas a Docking Station é um acessório mais interessante: é recheada de portas que permitem ao Razer Edge funcionar como um PC Desktop enquanto acoplado a ela.
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Keyboard Dock tem teclas iluminadas
A Docking Station recarrega a bateria do Edge e tem três portas USB 2.0, uma porta HDMI e entradas e saídas de áudio. Com ela você pode plugar um monitor de alta-definição, um mouse e teclado (ou alguns gamepads) e um headset ao Razr para jogar ou trabalhar sem precisar de um PC desktop.
É um recurso interessante que pode se tornar uma necessidade se o Edge demonstrar uma baixa autonomia de bateria no mundo real, algo que só iremos descobrir quando o levarmos ao nosso laboratório para alguns testes mais aprofundados. Neste meio tempo, há o conforto de saber que também há uma bateria extendida, que promete dobrar a autonomia.
A Razer apresenta o Edge como o tablet para joogos mais poderoso no mercado, e no momento ele provavelmente é, mas não é isso o mais interessante sobre o aparelho. O Edge parece comparar favoravelmente ao Microsoft Surface Pro, e mais concorrência significa melhores oportunidades para qualquer um interessado em comprar um tablet com Windows 8.
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Docking Station tem portas USB extras, saída para monitor e recarrega a bateria
Isso também significa que um fabricante de hardware para games para PCs tem um interesse de longo prazo na produção de tablets com Windows 8 projetados para os gamers, e isso é uma boa notícia para qualquer um preocupado com telas sensíveis ao toque e tablets ofuscando os jogos tradicionais para desktops, ou deixando de fora os entusiastas que exigem o máximo de desempenho.

Marca de desodorante levará brasileiro ao espaço

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Buzz Aldrin é fotografado ao pisar na Lua em 1969, pela missão Apollo 11.
O segundo homem a pisar na Lua em 1969, Buzz Aldrin, fez uma aparição inusitada no YouTube na quarta-feira (9). Em um vídeo, o astronauta da missão Apollo 11 promove uma nova campanha de uma marca de desodorante que pretende levar consumidores ao espaço, inclusive um brasileiro.
A propaganda faz parte do lançamento de um novo desodorante, o AXE Space Academy. No vídeo, Aldrin diz: “Há 44 anos, eu fiz uma brava decisão de ir ao espaço e mudei minha vida para sempre. Agora, você também pode ser membro desse grupo privilegiado e experimentar tudo o que eu vivenciei”. Ele explica que os selecionados no concurso irão para um Campo Espacial Global, em Orlando, na Flórida (EUA), para passar por um treino antes de ir ao espaço.
Para isso, os interessados devem fazer a inscrição no site da campanha e enviar um texto que diga por que o candidato deseja ir ao espaço a partir desta quinta-feira (10). Caberá ao público votar nas respostas mais criativas pelas redes sociais até o dia 21 de abril.
Os 200 perfis mais votados avançarão para a fase seguinte, que acontecerá em maio no Brasil. Nela, os potenciais astronautas devem disputar entre si e já passarão pelos primeiros testes físicos e psicológicos. Quem cumprir esses testes em menor tempo irá para a última fase do processo seletivo, no Campo Espacial Global.
O treino inclui testes físicos e mentais, que exigirão velocidade e concentração do futuro astronauta durante as três missões de treinamento. Elas consistem em enfrentar um voo a bordo de um jato que viaja a duas vezes a velocidade do som; fazer um voo parabólico que simula a microgravidade do espaço; e entrar em uma máquina centrífuga com as forças extremas pelas quais os astronautas ficam expostos na aterrissagem.
Será nessa etapa, em dezembro, que o concurso escolherá 22 astronautas, o que inclui o brasileiro. O vencedor voará 103 quilômetros até o espaço com a empresa de turismo SpaceXC (Space Expedition Corporation).
O veículo usado para a viagem será a nave de dois lugares Lynx. Na viagem, que dura cerca de uma hora, o vencedor ficará durante aproximadamente cinco minutos a uma distância de 100 quilômetros da Terra, considerado o suficiente para estar no espaço.
Veja o vídeo com Buzz Aldrin abaixo:

PS4 deve ser anunciado em maio, diz Sony

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PS4 pode ser anunciado em maio, diz Hiroshi Sakamoto
O PlayStation 4, próximo console da Sony, pode ser anunciado ainda em maio, um mês antes da prestigiada feira E3, que ocorre anualmente em Los Angeles. A informação foi dada pelo vice-presidente da Sony Home Entertainment, Hiroshi Sakamoto.
Durante entrevista na CES 2013, Sakamoto quebrou o protocolo e falou sobre os planos da Sony quanto à sua próxima geração de consoles. "Trata-se ainda de um grande segredo. (...) Eu só posso dizer que estamos focados no evento E3, agendado para junho. O anúncio pode ser feito nessa ocasião ou até mais cedo, em maio."
Perguntado sobre o porte do anúncio, Sakamoto indicou que a Sony provavelmente fará um "grande evento" para apresentar o console.
A expectativa é que, após o lançamento do Wii U da Nintendo e o início da nova geração de videogames ainda em 2012, tanto Sony quanto Microsoft anunciem os sucessores de seus consoles atuais (PS3 e Xbox 360, respectivamente) até a feira E3.
E o lançamento? - Pelo jeito, apenas o anúncio do PS4 será feito ainda este ano. De acordo com o site SemiAccurate, o próximo PlayStation só chegará ao mercado em 2014.
Entre as novidades aguardadas para o PS4, estão a mudança na arquitetura do processador (de Cell para AMD), resolução 4K, cópias digitais desde o lançamento para todos os jogos e também uma compatibilidade maior com o PS Vita. O rumor mais negativo até o momento tem relação com uma patente registrada pela Sony que impossibilita que os jogos possam ser usados em mais de um console - impedindo que os jogadores vendam jogos usados.
O analista Colin Sebastian, da Baird Equity Research, prevê que o PS4 chegará ao mercado custando 400 dólares. Ainda não há posição oficial da Sony sobre datas, preços ou qualquer outra informação sobre o console.

TDK Wireless Sound Cube V513

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Para fazer a música chegar a todos os cantos do ambiente, a dock em forma de cubo da TDK atira para todos os lados.

Site oferece namorada de aluguel para Facebook

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Já comum em sites como o americano Fivver, o serviço de namorada falsa no Facebook chega ao Brasil agora por meio do Fake Namoro.
No site, o usuário pode contratar quatro diferentes planos: ficante, ex-namorada, namorada e namorada virtual, com o objetivo de enganar os amigos ou provocar ciúmes em uma outra pessoa.
Os planos variam entre 10 e 99 reais, de acordo com a duração do contrato, que pode ser de três ou 30 dias. No mais simples, o usuário tem direito a três mensagens publicadas em sua timeline (o contratante é quem elabora os textos), divididas no intervalo de uma semana.
No completo (ainda indisponível), são 30 mensagens, publicadas durante um mês, além do direito de alterar o status para "relacionamento sério". No total, o usuário pode escolher entre quatro perfis falsos para se relacionar.
Apesar de inusitado, o serviço viola os termos de uso do Facebook, que proíbe contas falsas na rede social.

12 de janeiro de 2013

As 10 tecnologias que serão alvo das empresas em 2013

 

Nuvem amadurece em solo brasileiro, BYOD ganha mais adeptos e Big Data torna-se realidade. Essas são apenas algumas previsões para a TI nos próximos 12 meses.

Mobilidade, Big Data, cloud computing e redes sociais estiveram entre os tópicos mais comentados de 2012. Agora, esses temas saem do papel e passam a permear estratégias de empresas dos mais variados setores. O interesse por essas tecnologias não é à toa. Elas contribuem para o crescimento dos negócios e garantem vantagem competitiva. TI tornou-se, de fato, o coração das operações.

Os líderes de tecnologia da informação (TI) já enxergam esses benefícios e apontam em seus caderninhos projetos para 2013 que incluem tendências como BYOD, internet das coisas e até mesmo a nuvem, que agora figura em solo brasileiro, nobre e soberana.

“O uso efetivo de tecnologia continua a ser o principal diferenciador entre as organizações que têm sucesso e as que falham”, sentencia Ray Wang, principal analista e CEO do instituto de pesquisa norte-americano Constellation Research. “TI não é vista como a área que somente mantém as luzes acesas”, completa. Segundo ele, os gastos com tecnologia em 2013 vão saltar de 15% a 17% em todo o mundo.

O instituto de pesquisas Gartner prevê que as organizações brasileiras investirão 133,9 bilhões de dólares em TI em 2013, aumento de 6% em comparação com os gastos de 126,3 bilhões de dólares, estimados para 2012. As quatro forças que estiveram na pauta das empresas, cloud computing, rede social, mobilidade e Big Data, continuarão na lista de prioridades, segundo o instituto de pesquisas.

Veja a seguir as dez tecnologias mais estratégicas que estarão em alta em 2013 e como elas vão impactar nos negócios, segundo diferentes consultorias.

1. Mobilidade e dispositivos móveis

Mobilidade reina absoluta entre as empresas. Estudo recente do The State of the Internet, promovido pelo site Business Insider, afirma que a venda de smartphones em todo o mundo ultrapassou a de computadores em 2011.

Foram mais de 400 milhões de unidades de smartphones contra cerca de 350 milhões de PCs. Esse cenário tem feito com que a mobilidade ganhe força no mercado corporativo.

A Forrester Research diz que a popularidade do iPad entre os usuários deverá acelerar a introdução dos tablets nas empresas. De acordo com a consultoria, 81% das companhias pretendem estabelecer estratégias para a adoção de tablets. E em 2016, 250 milhões desses dispositivos serão usados para fins profissionais.

Muitos departamentos de TI já suportam dispositivos nos negócios por meio de dois movimentos sem volta nas companhias: consumerização e BYOD. Consumerização definitivamente entrou para a agenda das empresas, diz Fernando Belfort, líder de Pesquisas & Consultoria na América Latina da Frost & Sullivan.

O desejo e a pressão para usar dispositivos móveis têm aumentado. O cabo de guerra entre TI e colaborador está sendo puxado com força para o lado do funcionário. “Organizações vão encontrar várias formas de lidar com o mar de dispositivos, seja por meio da adoção de soluções de MDM, virtualização de desktop, antivírus ou infraestrutura de escritório para Wi-Fi”, opina Belfort.

O Gartner acredita que BYOD vai saltar em 2013. Para o instituto de pesquisas, os dispositivos móveis devem suplantar os PCs como ferramentas de acesso mais comum à internet. Para a Nucleus Research, BYOD diminuirá em 2013 à medida que a estratégia de mobilidade empresarial crescer. Na opinião da consultoria, o movimento atingiu o ápice de aceitação de mercado em 2012.

A Rhodia, empresa do Grupo Solvay, que atua no setor químico, vai reforçar a segurança em 2013 para utilizar dispositivos de uso pessoal no ambiente corporativo. “Permitimos o BYOD, mas ainda está em fase inicial. Não temos estimulado de forma agressiva. Em 2013, com as mudanças na proteção do ambiente, vamos impulsionar o movimento”, relata Fernando Birman, diretor de Sistemas de Informação para América Latina da Rhodia.

“Investimento em mobilidade é uma das mais importantes iniciativas da estratégia global de TI da Alcoa”, afirma Tania Nossa, CIO da América Latina & Caribe da Alcoa, atuante na área de minério de ferro. “É inevitável o fator do anywhere, anytime e agora do from any device”, assinala.

A área de TI da Alcoa está trabalhando para adaptar os aplicativos da companhia para esses aparelhos, com o objetivo de proporcionar mais flexibilidade, acessibilidade e rapidez nas tomadas de decisão. “Não é tendência, já é realidade”, indica.

A Carbocloro, que atua no fornecimento de cloro para tratamento de água e matérias-primas para a indústria, também vai mergulhar nesse universo. “Adquirimos o SAP Afaria para gerenciar dispositivos móveis e com isso pretendemos ampliar a onda do BYOD, que já se faz presente aqui”, comenta José Carlos Padilha, CIO da empresa.

O acesso a sistemas corporativos também é permitido por meio de dispositivos pessoais, garante Padilha. “Temos criptografia e acesso via VPN para atestar a segurança. Tudo é controlado”, assinala.

2. Cloud acomoda-se em solo nacional

Para Belfort, cloud passou por uma onda de entendimento nos últimos dois anos e em 2013 veremos grandes projetos na área. Segundo ele, toda tecnologia tem sua fase natural de maturidade e cloud entra na fase adulta.

A nuvem mudou a forma de comprar e prover serviços, avalia Sandro Melo, coordenador do curso de Rede de Computadores da BandTec, entidade educacional que oferece cursos na área de TI. “O modelo privado é o que mais vai despontar”, acredita.

A Ancar Ivanhoe Shopping Centers, administradora de mais de 20 shoppings centers no País, tem grandes planos para 2013 em torno da nuvem. A empresa quer simplificar a operação e passar, aos poucos, todo o data center para a cloud. “Iniciamos esse processo e adotamos o Google Drive”, comenta Fernando Wanderley, gerente-geral de TI da Ancar.

A meta da companhia é crescer quatro vezes em três anos e Wanderley acredita que a nuvem será vital para conquistar esse objetivo, já que empunha as bandeiras de flexibilidade, escalabilidade e agilidade.

A Carbocloro ainda tem alguns receios em relação ao modelo e por isso vai adiar os planos. “Nossa única exceção é o CRM”, pontua. “O restante ficará dentro de casa até termos definições claras sobre privacidade e questões legais”, completa.

Cloud computing é uma das prioridades da estratégia de TI da Alcoa, que tem como objetivo ganho de escala, produtividade e otimização de recursos tecnológicos. A companhia possui soluções de software como serviço (SaaS) globalmente em vários processos de negócios e no momento conclui consolidações globais em um único data center nos EUA de e-mails, portais de colaboração e ERP, partindo para o conceito de nuvem privada, o que viabilizará, no futuro, a adoção de plataforma como serviço (PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS).

3. Nuvem pessoal substitui o conceito de computador pessoal

Hoje, já é comum um usuário ter um mix de tecnologias como computador pessoal, notebook, iPad e Android. Sincronizar esses dispositivos passou a ser um desafio. “A nuvem vem para facilitar e dar mais segurança a esse processo”, opina Tania. “Percebo que as pessoas têm forte apego e confiança em relação ao computador pessoal. Mudar isso exige tempo, lembrando que o tempo a que eu me refiro é o de tecnologia, bem diferente do cronológico”, constata.

Diante desse quadro, a Alcoa conta com uma rede, batizada de AA Mobile, para que os executivos possam acessar suas “personal clouds” sem impactar na rede corporativa.

O Gartner acredita que a nuvem vai abrigar todos os aspectos da vida de uma pessoa. Por ser um modelo tão vasto e capaz de empacotar recursos infinitos “nenhuma plataforma, tecnologia ou vendedor vai dominá-lo”, indica o instituto de pesquisas.

4. Big Data será compreendido

Belfort constata que Big Data está hoje no mesmo estágio que se encontrava cloud há dois anos. “Algumas empresas ainda não compreendem o modelo e como ele pode ser aplicado nos negócios”, diz. Ele lembra que, hoje, muitas organizações já contam com área de BI e os profissionais do setor vão evoluir seu perfil para, em vez olhar para dados do passado, verificar tendências futuras.

Em 2012, Amazon.com, Petrobras, Lojas Renner e Serasa Experian já experimentaram os benefícios do modelo que transforma montanhas de dados em informações valiosas, comenta Belfort.

Levantamento da Frost & Sullivan indica que o mercado brasileiro representa quase metade da receita de Big Data da América Latina. Ele deve crescer 71% de 2012 para 2013, totalizando 576 milhões em solo nacional, e 33% de 2013 para 2014.

Projetos de Big Data estão-se tornando mais econômicos para as empresas, graças, em parte, aos servidores e CPUs de baixo custo, afirma o Gartner. Big Data estratégico, acredita o instituto de pesquisas, fará com que usuários executem projetos não mais isolados. Companhias vão incorporar a análise da grande massa de dados em mais atividades que desempenham.

5. Analytics

Analytics acionável é, em alguns aspectos, um desdobramento de Big Data, aponta o Gartner. A maioria das análises hoje concentra-se em olhar para dados históricos, o próximo passo é prever o que pode acontecer.

A Amcham ouviu, em parceria com o Ibope, 214 altos executivos de empresas de variados portes em diversas regiões do País, e constatou que em 2013 os aportes em ferramentas de TI serão voltados especialmente para Business Intelligence (BI). Entre os entrevistados, 58% disseram que essa era a principal prioridade.

Melhorar as capacidades analíticas é também um dos focos da Rhodia para os próximos meses. “Sempre aprimoramos nossa solução de BI porque as necessidades mudam e as métricas precisam evoluir para acompanhar as demandas dos negócios”, comenta Birman.

Tania indica que na Alcoa o momento atual também inclui a simplificação e a consolidação dos warehouses de Business Intelligence Services (BIS) para levar mais inteligência aos negócios.

6. Computação in-memory

Com o crescimento de análises, aquece também, de acordo com o Gartner, o interesse por soluções em memória, que agilizam a busca por dados. Elas permitem que atividades que consomem horas sejam executadas em minutos.

O Gartner acredita que computação em memória vai-se tornar uma plataforma dominante no próximo ano ou dois. Para Padilha, computação em memória está distante. “Vamos adotar, mas não agora”, adianta. Segundo ele, a ideia é prover análises mais detalhadas para as áreas de negócios e possibilitar eficiência.

A Alcoa está em processo de atualização da ferramenta de Enterprise Resource Planning (ERP) e apostou no Oracle Exadata Database Machine para aprimorar as capacidades analíticas. A solução conta com recursos em memória, explica Tania.

7. Comunicação máquina a máquina

Tudo vai conectar-se à internet, incluindo câmeras, realidade aumentada, edifícios e sensores. “Começamos a ver as conexões entre máquinas em modelos simples. Teremos de esperar mais três anos para que essa tendência se torne realidade”, completa Wang.

Atualmente, a Alcoa tem pilotos de “Smart Manufacturing”. “Os softwares integram-se aos equipamentos de processos e, dependendo dos parâmetros de temperatura e pressão, por exemplo, os Programmable Logic Controllers (PLCs) comandam uma determinada ação. Tudo integrado à mobilidade e conectado à internet”, detalha Tania.

A Ancar executou em 2012 um piloto com realidade aumentada. O projeto envolveu a criação de um aplicativo para Android e iOS batizado de Primavera. Ao entrar em um dos shoppings centers da rede, a pessoa participava de um desafio para completar uma flor e ganhar um brinde. A flor era projetada a partir do smartphone e movia-se. “Estudamos ampliar a iniciativa em 2013”, comenta Wanderley.

8. Aplicativos em HTML5

O Gartner observa que os aplicativos nativos tradicionais não vão desaparecer e “sempre oferecerão a melhor experiência ao usuário com recursos sofisticados.” HTML 5, tecnologia multiplataforma que torna a presença na web mais simples e uniforme, seja qual for o aparelho do usuário, vai despontar nesse cenário.

“Utilizamos HTML5 para aplicações que necessitam ser multiplataformas (mobile, desktop, tablets). Para soluções exclusivas, direcionadas a dispositivos móveis, optamos por desenvolver aplicações nativas, que dispõem de recursos mais ricos e sofisticados para o usuário, utilizando e distribuindo via solução MDM”, diz Tania.

A Rhodia desenvolve dentro de casa suas aplicações e os próximos trabalhos, relata Birman, serão executados em HTML5. A Carbocloro faz o caminho inverso: desenvolve com ajuda de parceiros e está atenta ao tema para modernizar ou criar aplicativos no próximo ano.

9. Lojas corporativas de aplicativos

O Gartner acredita que lojas empresariais de aplicativos vão transformar os departamentos de TI, proporcionando governança. Elas serão o espaço para encontrar tudo o que o usuário precisa para aprimorar o trabalho da área. A CIO da Alcoa explica que a empresa está em linha. “A adoção do MDM trará mais segurança e flexibilidade, possibilitando a implementação do conceito “Alcoa Store”, uma loja corporativa de aplicativos”, comenta.

10. Gamification

O gamification, técnica digital que aplica ao meio corporativo características lúdicas e lógicas que são também encontradas em jogos de videogames, vai invadir as empresas. “Organizações podem usar o modelo dos jogos para orientar o comportamento dos funcionários e promover a transferência de conhecimentos, programas de vendas e colaboração”, reflete Wang.

O Gartner prevê, no entanto, que, até 2014, 80% das atuais aplicações de gamification não vão conseguir cumprir os objetivos de negócios, principalmente por causa do design defasado.

“O desafio para os gerentes de projetos e responsáveis por iniciativas de gamification é a falta de talento de design de jogos para desenvolver trabalhos na área”, avalia Brian Burke, vice-presidente de Pesquisa do Gartner.

Como serão os orçamentos de TI em 2013?

Executivos da área estão cuidadosamente desenhando suas estratégias focando em redução de custos e crescimento dos negócios

Eric Lindgren, CIO da PerkinElmer, empresa de tecnologia, serviços e soluções para monitoramento ambiental e segurança alimentar, vai passar os próximos 12 meses, como muitos de seus pares, em busca de poupanças que podem ser realocadas para iniciativas de tecnologia de alto impacto, como mobilidade e análises.

Como parte desse esforço, a TI vai continuar a racionalizar o portfólio de aplicativos, mudando investimentos fixos para variáveis por meio de uma nuvem privada. Lindgren também projetou seu orçamento de forma que ele possa reduzir ou ampliar os investimentos, dependendo de como a economia global caminha.

Na mesma direção, está a TI da Rhodia, que opera no Brasil com duas unidades de negócios, a de produtos químicos e a de fibras. Fernando Birman, diretor de Sistemas de Informação para América Latina da Rhodia, afirma que o orçamento global de TI em 2012, de 120 milhões de euros, será mantido. “Sempre começamos o ano de forma conservadora e depois mudamos o ritmo dos investimentos em sintonia com a situação econômica”, detalha.

Do total, a maior parte do dinheiro será direcionada para manter a operação do dia a dia e importante fatia será investida na integração da Rhodia com o Grupo Solvay. “Também faremos upgrades de hardware e software e vamos atualizar o parque de cerca de 3 mil equipamentos na América Latina para Windows 7”, explica.

Segundo Ray Wang, principal analista e CEO do instituto de pesquisa norte-americano Constellation Research, o orçamento em 2013 terá uma pequena queda de 2% a 3%.

A provedora de serviços de gestão, Booz Allen, tem ampliado seus gastos com tecnologia nos últimos três anos, mas seu orçamento ficará estável nos próximos 12 meses, segundo Joe Mahaffee, vice-presidente-executivo e chefe de Segurança da Informação da empresa. Entre as prioridades da companhia para 2013 estão sete iniciativas estratégicas que deverão contribuir para reduzir custos e fortalecer os negócios. “Fazer mais com menos é o lema”, diz Mahaffee.

Na direção oposta, está a Ancar Ivanhoe Shopping Centers, administradora de mais de 20 shoppings centers no País. Fernando Wanderley, gerente-geral de TI da Ancar, comenta que em 2013 o orçamento da área será maior do que em 2012. “TI tem papel cada vez mais importante na empresa”, justifica.

Segundo ele, a maior parte do budget, que não foi divulgado, será direcionada para a atualização de versão do ERP e para melhorias de segurança de borda em razão da mobilidade.

A Western & Southern Financial Group, companhia de serviços financeiros, reorganizou nos últimos meses sua unidade de TI para dedicar mais recursos a tecnologias emergentes. Entre elas, mobilidade e mídias sociais. “Um profissional de serviços financeiros que usa um tablet impressiona mais do que um laptop”, assinala Doug Ross, vice-presidente e CTO da Western & Southern.

Na Carbocloro, que atua no fornecimento de cloro para tratamento de água e matérias-primas para a indústria, os olhares também estão voltados para mobilidade, mas boa parte do tempo da TI será consumida para substituição dos sistemas legados, desenvolvidos internamente, por tecnologias de mercado para possibilitar confiabilidade, controle e eficiência, afirma José Carlos Padilha, CIO da empresa.

O orçamento para 2013 triplicou, ficando em torno de 12 bilhões de reais. “Esse valor será usado ainda para adquirir hardware e melhorias no data center”, completa.

Aurélio Boni, vice-presidente-executivo de TI do Bradesco, indica que a área vai investir em seis tecnologias-chave: fortalecimento do CRM, ferramentas de análise como BI e BA, mobilidade, fortalecimento da segurança da informação, ferramentas para análise de crédito e teleconferência.

De acordo com Andrew Horne, diretor da Corporate Executive Board, a TI em 2013 movimenta-se para pavimentar o seguinte caminho: projetos de mídia social, aplicações web, Business Intelligence (BI), analytics e colaboração.

O analista da Forrester Research Craig Symons também vê os gastos caminhando nessa direção, ele cita aplicativos móveis, middleware móvel, BI e análise como categorias de investimento. “Com esses tipos de projetos em suas carteiras, as empresas podem ser mais ágeis”, observa.

Qualquer que seja a trilha que os CIOs seguirão no próximo ano, fazer escolhas inteligentes e em linha com os objetivos de negócios é mandatório. Afinal, qualquer passo errado pode significar investimento jogado no lixo e perdas financeiras. Não há mais espaço para tentativas e erros.