21 de setembro de 2011

Primeiras impressões: Windows 8 Developer Preview

 

Com interface completamente reformulada, sistema traz aos PCs conceitos do mundo dos tablets e smartphones, e roda bem até em micros com hardware bastante modesto.
Pouco mais de três meses após apresentar pela primeira vez o Windows 8, a Microsoft colocou à disposição dos desenvolvedores nesta terça-feira (13/09) uma amostra de seu mais novo sistema operacional.
Batizada de “Windows 8 Developer Preview” e anunciada durante a palestra de abertura da conferência Build 2011, esta versão do sistema é incompleta, mas serve para dar uma idéia dos rumos que a empresa pretende tomar com o produto. E mais importante: dá aos desenvolvedores ferramentas e um ambiente para que possam desenvolver e testar aplicativos otimizados para o Windows 8, para que eles já estejam prontos quando o sistema chegar às lojas e PCs do mundo todo em 2012.
Mas apesar do nome, o “Developer Preview” do Windows 8 pode ser baixado por qualquer um disposto a correr alguns riscos usando software inacabado e com paciência para esperar o download, que varia entre 2.83 e 4.8 GB. Basta acessar o site dev.windows.com e escolher a versão mais adequada para seu PC.
Foi o que fizemos: colocamos esta amostra do sistema em um de nossos PCs para mostrar o que o Windows 8 tem a oferecer. Vamos dar uma volta?
Atenção, atenção!
Caso você ainda não tenha entendido o recado: o Windows 8 Developer Preview é um sistema incompleto, potencialmente instável e sem nenhum tipo de suporte técnico. Você é livre para experimentá-lo, mas em nenhuma hipótese deve fazer isso em seu PC “de trabalho”. Também não espere substituir o Windows 7 pelo Windows 8, já que este ainda não está pronto para o dia-a-dia. Neste momento o sistema serve mais como “curiosidade” e um “gostinho” do que está por vir. E não custa lembrar: no momento o sistema só está disponível em inglês.
Nosso hardware de teste
Instalamos o Windows 8 em uma máquina bem modesta, equipada com um processador dual-core Intel Atom 330 rodando a 1.6 GHz, com 1 GB de RAM e um HD de 250 GB. Fizemos isto por um motivo simples: durante a apresentação do Windows 8 na conferência Build 2011 o presidente da divisão Windows da Microsoft, Steven Sinofsky, fez questão de frisar que o novo sistema rodará tão bem quanto, e em alguns casos até melhor, que o Windows 7 no mesmo hardware.

clip_image001
Steven Sinofsky fala sobre o Windows 8
na abertura da conferência Build 2011

Como exemplo, o executivo mostrou um netbook Lenovo (equipado com um processador Atom e 1 GB de RAM) que teria sido usado três anos antes, durante as primeiras demonstrações do Windows 7. Nele o sistema atual consome mais de 400 MB de RAM logo após o boot, mas o Windows 8, segundo Sinofsky, consome apenas 281 MB.
A mensagem é clara: para rodar o Windows 8 não será preciso comprar um novo PC. A máquina que você já tem hoje, rodando o Windows 7, provavelmente atende a todos os requisitos do sistema. A principal exigência é quanto ao monitor: para rodar a nova interface, chamada “Metro”, ele deve ter resolução mínima de 1024 x 768 pixels.
O sistema é otimizado para telas “widescreen”, e o ideal é uma resolução de 1366 x 768 pixels, necessária para rodar dois aplicativos “lado a lado”. Telas com resolução menor do que 1024 x 600 pixels ficarão limitadas ao desktop “clássico”, como o usado no Windows 7.
Quem quiser experimentar o sistema precisa de um PC com no mínimo um processador de 1 GHz, 1 GB de RAM e 16 GB de espaço em disco. Depois de instalado, o sistema consumiu apenas 8 GB. Ficamos impressionados com a rapidez da instalação: foram necessários apenas 20 minutos, do boot ao primeiro acesso ao desktop.
A interface
Passe os olhos sobre o monitor de um PC com o Windows 8 e você pode achar que ele foi possuído por um smartphone. A nova interface é claramente influenciada pelo Windows Phone 7 e troca o desktop, ícones e gadgets pelo que a Microsoft chama de “Live Tiles”: são retângulos coloridos que podem conter tanto um atalho para um aplicativo quanto informações atualizadas constantemente, como notícias ou a previsão do tempo.
O Menu Iniciar também desapareceu. A tela inicial é chamada simplesmente de “Start” (Iniciar) e contém um conjunto padrão de tiles que podem ser reorganizadas de acordo com a preferência do usuário: basta arrastar e soltar. Ao serem instalados os aplicativos criam novas tiles (o equivalente de um atalho no desktop ou no Menu Iniciar), e elas poderão ser divididas em grupos, para facilitar a organização.

clip_image002
A interface Metro: Menu Iniciar,
ícones e gadgets são coisa do passado

Até as formas mais básicas de interação com o sistema mudaram no Windows 8. Para abrir um aplicativo basta um clique sobre sua tile, e não dois cliques sobre um ícone como hoje em dia. Quando ele está em execução, um clique com o botão direito do mouse abre um menu com opções, que normalmente ficariam em uma barra de ferramentas no topo da janela do aplicativo.
Aliás, não há janelas, algo estranho em um sistema chamado “Windows”: todos os aplicativos otimizados para o Windows 8 rodam a princípio em tela cheia, embora seja possível arrastar um aplicativo aberto e colocá-lo lado-a-lado com outro, ocupando uma “tira” na lateral da tela. Assim, é possível ficar de olho no Twitter enquanto se navega na web, por exemplo.
Também não há uma barra de tarefas. Um toque na tecla Windows no teclado leva o usuário de volta para a tela inicial, e coloca o aplicativo que estava sendo usado em uma espécie de “hibernação”: ele não consome poder de processamento, mas basta um clique em sua tile para que ele volte à ativa do ponto onde o usuário parou. Ou seja, na prática não é mais necessário se preocupar com conceitos como “abrir” ou “fechar” um programa: basta clicar no que quer usar. É uma experiência muito mais próxima do que é encontrado em um tablet moderno (com Android Honeycomb ou iOS) do que em um PC.

clip_image003
Aplicativos lado-a-lado: Twitter (à esquerda)
 e o Internet Explorer 10 (direita)

Isso não significa que o desktop como conhecemos atualmente esteja morto. Ao rodar um aplicativo “Win32” (ou seja, desenvolvido para versões do Windows anteriores ao Windows 8) ele surge na tela, igualzinho ao do Windows 7. Barra de tarefas, lixeira, janelas, está tudo lá. Assim o usuário não é forçado a “mergulhar de cabeça” no novo mundo da interface Metro, e pode continuar usando seus aplicativos atuais com o novo sistema, sem ter de reaprender nada.
Em teoria isso é o melhor dos dois mundos. Por outro lado pode causar confusão entre os usuários, principalmente os menos experientes, que poderão ter dificuldade em alternar entre dois diferentes modos de interação com a máquina.

clip_image004
O Internet Explorer 10 tem duas interfaces.
 Esta é a versão Metro

Vale notar que alguns aplicativos, como o Internet Explorer 10, tem duas interfaces diferentes, dependendo de como foram chamados. Se você abrir o IE a partir da nova interface ele assume o visual Metro, com os sites ocupando a maior parte da tela e uma pequena barra de ferramentas no rodapé com botões de navegação e a barra de endereços. Se você abrí-lo a partir do Desktop clássico ele terá a mesma cara do IE9 no Windows 7. Não duvidamos que a Microsoft vá adotar esta mesma estratégia em aplicativos futuros, como o Microsoft Office.
Aplicativos
Há poucos aplicativos pré-instalados no Windows 8 Developer Preview: a maioria deles são simples demonstrações de conceitos, desenvolvidas ao longo das últimas semanas por funcionários da própria Microsoft.
O mais útil é um preview do Internet Explorer 10. Além disso há uma quantidade impressionante de jogos simples (onze no total), um editor de imagens (Paintplay), duas ferramentas para música (Piano e BitBox), clientes para o Twitter (Tweet@rama) e Facebook (Socialite) e um leitor de feeds RSS (News), além de utilitários como alarmes e previsão do tempo. Infelizmente a Windows Store, loja com aplicativos para o sistema, não está em funcionamento, apesar de haver uma tile para ela na tela inicial.
Quem baixar a versão Windows Developer Preview with developer tools English, 64-bit (x64) leva, junto com o sistema operacional, uma cópia do kit de desenvolvimento (incluindo o Visual Studio 11 Express e o Expression Blend 5), amostras de código e mais alguns aplicativos extras de demonstração.
Desempenho
Ficamos surpresos com o desempenho do Windows 8 no modesto hardware de nossa máquina de testes. O boot levou apenas 35 segundos. Abrir aplicativos foi algo praticamente instantâneo, e alternar entre eles foi igualmente rápido. Não vimos a máquina “parar para pensar”, como é comum em PCs no dia-a-dia, embora a pequena quantidade de aplicativos no sistema com certeza contribua para isso.
A Microsoft promete que PCs feitos sob medida para o Windows 8 poderão dar boot em apenas 8 segundos, e entrar e sair de “hibernação” quase que instantâneamente. E um novo modo de economia de energia, chamado de “Connected Standby”, reduzirá o consumo ao mínimo, mas ainda assim permitirá que a máquina receba atualizações de e-mails e redes sociais, mesmo que aparentemente desligada. Estes recursos dependem de hardware específico que não existe em nossa máquina de testes, portanto não pudemos testá-los.
A estabilidade variou ao longo do uso. Não vimos nossa máquina “congelar” completamente, mas com certeza vimos aplicativos que deixaram de funcionar, painéis que se recusavam a aparecer na tela e pendrives que “sumiram” do gerenciador de arquivos, apesar de plugados ao PC. Em um momento vimos a interface inteira desaparecer por alguns minutos, deixando em seu lugar apenas uma tela verde e a setinha do mouse. Nada que um reboot não resolvesse, e um comportamento esperado em uma versão ainda tão “crua” do sistema.
Novas ferramentas para manutenção
Todo usuário de PC sabe que às vezes não há outra saída: o único jeito (ou o mais fácil) de salvar o sistema, seja de uma infestação severa por malware ou do “lixo” acumulado ao longo dos anos que o deixa mais lento é formatar o HD e recomeçar do zero. E quem já fez isso sabe o trabalho que dá: fazer backup dos arquivos, formatar, instalar o sistema, baixar os drivers, reinstalar os programas, restaurar os arquivos... quando você se dá conta, lá se foi o fim de semana.
O Windows 8 promete facilitar muito as coisas na hora de tomar “medidas drásticas”, com duas novas opções no painel de controle. A primeira se chama Refresh your PC without affecting your files, e basicamente instala uma cópia “fresquinha” do sistema operacional, sem tocar em suas fotos, músicas, videos ou programas instalados através da Windows Store (programas instalados manualmente serão removidos).

clip_image005
Refresh: reinstale o sistema sem mexer
em seus arquivos e programas

A segunda é a Reset your PC and start over, e basicamente “zera” tudo e retorna a máquina à configuração de fábrica (caso seja um PC que veio com o Windows 8) ou deixa o sistema como se tivesse acabado de ser instalado. Nesse caso, todos os arquivos pessoais na máquina serão removidos. É como usar o disco de restauração que veio com seu PC.
O que não está no Preview
Alguns dos recursos demonstrados por Sinofsky em sua palestra na Build 2011 não estão disponíveis neste Developer Preview do Windows 8. Entre eles aplicativos como o cliente de e-mail, com uma interface similar ao cliente usado no Windows Phone 7.
Outros recursos dependem do hardware, como o boot rápido em 8 segundos, que exige um PC equipado com UEFI, um substituto mais moderno da BIOS usada nos PCs há décadas, que ajudará a acelerar a inicialização do hardware.
Também dependente da UEFI é o sistema de boot protegido: um PC Windows 8 pode se recusar a “dar boot” a partir de um disco (como um pendrive) contendo um volume de sistema sem uma assinatura válida. Isso poderá evitar que um PC seja infectado com um “rootkit” após dar boot a partir de um pendrive infectado, por exemplo.
Será que pega?
Quem usa o Windows 8 Developer Preview vê claramente que o sistema é a resposta da Microsoft ao avanço dos tablets (como o iPad) sobre o mercado de PCs, e também a uma mudança nos gostos do consumidor que hoje busca, em vez de apenas poder de processamento, aparelhos mais leves, mais ágeis e mais fáceis de usar. Afinal, qual a utilidade de um notebook com um processador Core i5 se você precisa esperar mais de um minuto para ele “bootar” só para consultar sua agenda?
É verdade que toda nova versão do Windows promete ser “mais rápida, mais bonita e mais fácil de usar” (ao ponto de que isso já virou um clichê), mas dessa vez a coisa é séria. O Windows 8 ainda está cru e a Microsoft tem um longo caminho pela frente, mas esta primeira amostra nos impressionou muito. É a maior mudança no sistema deste o Windows 95, há 16 anos. E já não era sem tempo.

"Gears of War 3" fecha trilogia como melhor jogo da série

Game se sai bem ao investir em modo cooperativo para 4 jogadores e novidades no multiplayer, além de caprichar na narrativa. Título chega ao Brasil em 20/9
É difícil imaginar que já se passaram cinco anos desde que o primeiro “Gears of War” foi lançado para Xbox 360, menos de um ano após a chegada do console da Microsoft ao mercado. E apesar de a série certamente ter amadurecido de várias maneiras durante esse tempo, ela não passou necessariamente por nenhum tipo de reinvenção de grande porte. No entanto isso não é algo inteiramente negativo.
Em vez de tentar colocar diversas mudanças que não pertencem à fórmula, a produtora Epic Games manteve sua franquia de ficção científica atual e interessante ao introduzir gradualmente novos recursos, ideias e melhorias que só tem a acrescentar à experiência de “Gears”. Ao fazer isso, eles preservaram a essência do que tornou sua franquia tão reverenciada, enquanto não deixaram que o novo game pareça apenas mais uma sequência preguiçosa.
“Gears of War 3” também se mantém fiel a sua filosofia. Apesar de algumas vezes parecer mais uma continuação dos jogos anteriores, ainda é uma experiência de ação muito mais refinada do que seus antecessores – e faz valer a pena conferir esse último capítulo da trilogia.
Mas “Gears 3” não é inteiramente destituído de novos recursos. Provavelmente a mudança mais notável introduzida no game é a adição do modo cooperativo para quatro jogadores. Jogar a história principal com até outros três jogadores não apenas torna a campanha mais divertida, como também permite mais oportunidades estratégicas.
clip_image006
A inclusão do modo para quatro jogadores também tem efeito na narrativa de “Gears of War 3”. Ao longo da campanha, um grupo de personagens terá realizar uma missão, enquanto outro terá de fazer uma tarefa completamente separada, muitas vezes localizada em um lugar inteiramente diferente no mundo do game.
Os caminhos desses diferentes grupos se cruzarão por várias vezes, o que faz com que o game frequentemente mude sua perspectiva para que você experimente eventos separados acontecendo ao mesmo tempo. Essas missões paralelas ajudam a dar um sentimento muito mais épico a esse confronto final entre os heróis humanos de “Gears” e seus inimigos Locusts.
Mas é uma pena que não é gasto mais tempo no desenvolvimento dos novos personagens de “Gears of War 3”. Existem muitas caras novas, mas suas histórias de fundo não são nem de perto tão desenvolvidas quanto as personagens regulares na série, como Marcus Fenix, Dominic Santiago e o resto da equipe “original” da Delta Squad. O resultado é uma história instável em que momentos memoráveis são ofuscados por cenas que te deixarão coçando a cabeça.
clip_image007
Também há alguns momentos emocionantes na trama de “Gears 3”, que é algo que a franquia havia explorado apenas de maneira mais leve anteriormente. Sem contar exatamente o que acontece, há alguns eventos inesperados ao longo da campanha. E mesmo que alguns desses momentos delicados pareçam um pouco estranhos e forçados no meio da carnificina e caos intermináveis, os riscos que os roteiristas de “Gears” aceitaram tornam essa a história mais forte da série até o momento.
E apesar de a experiência single-player do game ser deficiente em alguns aspectos, o mesmo não pode ser dito do seu robusto modo multiplayer. Na verdade, a experiência multiplayer é tremendamente satisfatória de modo geral. Favoritos da série como o retorno do modo de sobrevivência Horde, de “Gears 2” – que volta com melhorias notáveis como defesas e truques, como cercas de arame farpado que diminuem o ritmo das tropas inimigas.
No entanto, um dos modos mais excitantes de “Gears of War 3” é algo inteiramente novo: o modo Beast. Na superfície, é uma inversão do modo Horde em que você pode jogar como os caras malvados – a horda Locust – em vez de assumir o papel de Marcus e companhia. Mas é muito mais profundo uma vez que se torna uma corrida contra o relógio para destruir seus alvos humanos o mais rápido possível para adicionar tempo ao relógio, ao contrário do modo Horde, em que seu objetivo é ficar vivo o máximo de tempo possível.
clip_image008
Jogar como cada um dos diferentes personagens Locust também é algo diferente, já que algumas das classes mais volumosas se movem pelo campo de batalha de modo lento e dependem de poderosos ataques melee para derrotar os oponentes. Outros monstros como os Tickers ajudam seus companheiros monstruosos ao destruir barricadas e outras defesas. Há ainda uma centopéia gigante (chamada “Serapede”) que pode se mover rapidamente pelo mapa e só pode ser ferida por meio de ataques à sua cauda luminosa.
Mesmo que você só jogue a campanha de “Gears 3” e nunca mais volte a jogá-la, existem modos multiplayer e itens destraváveis suficientes para te manter ocupado por meses após o lançamento do título. O modo multiplayer de “Gears” já foi criticado no passado por ser algo raso que não compete com outros jogos de tiro, e os desenvolvedores fizeram um trabalho louvável em renová-lo de verdade dessa vez.
clip_image009
No final das contas, o fim da história de “Gears of War” finalmente está aqui. E mesmo que a fórmula da franquia não tenha sido realmente alterada, quem se importa? “Gears 3” não deixar de ser o título mais bem finalizado e satisfatório da série, e apresenta ideias novas o bastante para tornar mais do que válido jogar essa aguardada conclusão da história.
Gears of War 3
Fabricante:Epic Games
Pontos fortes:Ótimos novos modos multiplayer; modo cooperativo para 4 jogadores é uma adição bem-vinda; designs impressionante das criaturas Locusts; narrativa mais audaciosa; versão nacional traz legendas em português; preço mais baixo do que o normal para lançamentos
Pontos fracos:Campanha parece “Gears 2.5” às vezes, raramente trazendo algo que nunca vimos antes; novos personagens são um pouco desenvolvidos
Preço:R$129,90

Notebooks aguentarão dez dias longe da tomada

Segundo Intel, em 2013, máquinas que utilizarem sua linha de processadores terão autonomia de 24 horas de uso ininterrupto e dez dias em stand by+
clip_image010
Pensa estar com sorte quando a bateria do seu notebook dura mais de cinco horas? Espere para ver a próxima linha de processadores da Intel, chamada, provisoriamente, de Haswll. A companhia fez uma promessa ousada: as máquinas da plataforma aguentarão até 24 horas longe da tomada.
A evolução em relação ao produto atual – o Sandy Bridge – é ainda mais expressiva quando comparada à autonomia do computador em estado de hibernação. Segundo a fabricante, nesse caso, o computador resistirá a dez dias sem recargas – 20 vezes mais do que a capacidade atual.
Se a Intel cumprir sua palavra, o usuário poderá levar seu notebook a uma viagem de cinco dias, por exemplo, sem se preocupar com o esgotamento da bateria – desde que o utilize com moderação. Mensagens e atualizações nas redes sociais poderiam ser visualizadas sem peso na consciência.
Antes do Haswell ser lançado, porém – deve chegar somente em 2013 – os chips Ivy Bridge aparecerão, com sua arquitetura de 22 nanômetros. O desempenho em relação à linha atual será até 40% maior, e o consumo de energia até 50% menor.
Heidi Klum é a celebridade mais vinculada a vírus e spams
A apresentadora de TV e supermodelo Heidi Klum foi considerada nesta quinta-feira a celebridade mais vinculada a arquivos danosos no ciberespaço. Imagens dela já infectaram um grande número de computadores com vírus e spams.
clip_image012
A modelo alemã Heidi Klum
A empresa de segurança de internet McAfee disse que 10% das buscas por downloads e imagens da jurada do programa "Project Runaway" e ex-modelo da Victoria's Secret levam a sites contendo spams e vários tipos de vírus que roubam informações pessoais dos usuários.
O apresentador da CNN Piers Morgan, que também é jurado de "America's Got Talent" e ex-editor de um tabloide britânico, é a celebridade masculina mais perigosa, segundo a pesquisa anual realizada pela McAfee.
A empresa disse que os criminosos da internet costumam usar nomes de celebridades para levar usuários aos sites que descarregam vírus nos computadores.
As buscas por cantores e astros dos esportes costumam ser mais seguras do que as por atores, atrizes e modelos. A estrela de Hollywood Cameron Diaz foi a personalidade mais perigosa da lista de 2010 e ficou em segundo lugar este ano.
Estar nas manchetes com frequência não significa que a personalidade será perigosa no mundo virtual. Charlie Sheen aparece apenas em 59º lugar na lista, apesar de todas as polêmicas envolvendo a vida do ex-astro de "Two and a Half Men".
As cinco personalidades mais perigosas, segundo a McAfee, são, na ordem, Heidi Klum, Cameron Diaz, Piers Morgan, Jessica Biel e Katherine Heigl.
YouTube anuncia ferramenta para editar vídeos
O YouTube anunciou, na quarta-feira dia 14, uma ferramenta que permite modificar os vídeos publicados sem necessidade de alterar o endereço ou utilizar um programa específico.
Assim, os vídeos que já estejam sendo exibidos poderão ser modificados sem perder seu ID (identificação do usuário), os comentários que os usuários tenham deixado, nem os vídeos relacionados, informou o portal em seu blog oficial. A ferramenta já está disponível. O usuário só poderá editar vídeos de própria autoria e tem que estar logado para usar a ferramenta.
clip_image013
Botão Edit Video, destacado em vermelho, que ativa a nova ferramenta do YouTube para edição de vídeos
Esta nova ferramenta de edição permitirá encurtar a extensão dos vídeos, ajustar o brilho, o contraste e a saturação, assim como aplicar filtros e efeitos de cor como o preto e branco, entre outras funções. Basta clicar no botão Edit Video logo acima do vídeo, ao lado de Edit Info.
Antes de realizar as alterações, o usuário poderá ver uma prévia e decidir se irá ou não mudar o vídeo, sem que isso interfira na contagem do número de visitas recebidas antes de ser editado.
clip_image014
Filtros de imagem disponíveis pela nova ferramenta
Somente os vídeos que tenham tido mais de mil visualizações e os que tenham alguma reivindicação de conteúdo não poderão ser modificados, a não ser que sejam salvos em um novo endereço.

Filmes do Netflix em HD engasgam na banda larga brasileira
Um site fácil de usar. Um acervo ainda fraco, em que faltam lançamentos e obras de diretores consagrados e de atores famosos. E uma transmissão em streaming que funciona bem com filmes em baixa definição, mas que engasga com longas em HD.
clip_image016
A navegação no Netflix é simples e direta. Após fazer o cadastro, o usuário pode selecionar um filme e começar a vê-lo com só dois cliques.
O problema é escolher o que ver. O catálogo é reduzido, muito menor do que o disponível nos EUA. São raros os filmes mais recentes -tanto que o site não tem uma seção de lançamentos- e as obras disponíveis, em geral, já passaram pelo cinema, pelas locadoras de DVD convencionais e pela TV paga.
Mesmo o acervo tem muitas lacunas. O gênero de clássicos, por exemplo, tem só 18 longas, incluindo "Ladrão de Casaca", de Alfred Hitchcock -o único filme disponível do mestre inglês do suspense.
A busca por obras de astros também é frustrante: só há três filmes com Angelina Jolie, que tem mais de 30 longas na carreira. Do marido dela, Brad Pitt, apenas cinco filmes -ele fez mais de 50.
A fluidez da transmissão esbarra na baixa qualidade da banda larga brasileira.
QUALIDADE DA IMAGEM
Para evitar engasgos, o Netflix ajusta a resolução do vídeo automaticamente -o que, em geral, resulta numa qualidade muito baixa.
Testado o serviço em computadores com conexões de 16 Mbps e de 6 Mbps -bem mais do que 1,5 Mbps, velocidade mínima recomendada pelo Netflix.
Em ambas, os filmes rodaram bem, numa qualidade equivalente à de um DVD.
Porém, quando se configurou o serviço para que entregasse sempre a maior resolução possível, a transmissão travou mais de uma vez.
O primeiro mês é gratuito, mas é preciso informar os dados do seu cartão de crédito para fazer o cadastro. Ao fim desse período, o Netflix cobra mensalidade de R$ 14,99.
Custo alto trava avanço da telefonia no país
clip_image017
O secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré, disse que o principal problema do Brasil no setor é o alto preço dos serviços de telecomunicações. Segundo ele, isso não ocorre por causa do preço cobrado das operadoras nem dos impostos federais, mas pelos impostos estaduais que incidem sobre os serviços.
“O Brasil tem os maiores impostos locais [estaduais] do mundo no setor e isso prejudica a sua imagem”, disse Touré, ao participar de palestra na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ele lembrou casos de outros países como Bangladesh e Paquistão, onde os impostos, que eram considerados muito altos, foram reduzidos, mas a receita não caiu porque o uso dos serviços aumentou.
Um estudo divulgado hoje pela UIT mostra que os brasileiros gastam cerca de 4,8% de sua renda com o pagamento de serviços de comunicação, o que coloca o Brasil em 96º lugar em uma lista que classifica 165 países de acordo com o preço dos serviços de telecomunicações em relação à renda per capita.
O representante da UIT destacou ainda a melhora do Brasil em índices de penetração dos serviços de banda larga e telefonia móvel e o desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicação. Touré também considerou como excelente o anúncio do governo federal de que vai publicar em breve a medida provisória que cria o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).
Touré acredita que a indústria de telecom não vai sofrer os impactos da crise financeira. “O setor financeiro entrou em crise por causa de falta de regulação. O nosso setor é bem regulado. Por isso, não prevejo nenhuma crise na indústria por causa da crise financeira.” Segundo ele, a crise obriga que empresas e governos encontrem formas mais eficientes de se comunicar, como, por exemplo, a substituição de reuniões presenciais por teleconferências, o que aumenta a demanda por tecnologias.
Ele também enfatizou a “oportunidade única” que o Brasil terá com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que vão aumentar substancialmente os investimentos em tecnologia da informação. Para Touré, os eventos esportivos serão uma boa chance para geração de empregos na indústria da informação.
A UIT é a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) para as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). O órgão é responsável por destinar espectros de radiofrequência global e órbitas para lançamentos de satélites, além de desenvolver padrões técnicos que garantam a adequada interconexão de redes e tecnologias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário